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Miguel Mairena: «O momento que mais gosto na história de Dénia é aquele que chega no futuro»

Fevereiro 02 da 2024 - 09: 00

O renomado artista Miguel Mairena relembra a história do município Dianense através de sua nova exposição 48 momentos na história de Dénia, que abriu esta quinta-feira no Casa da Cultura, embora a artista tenha confessado que o momento que mais gosta nela não é o passado, “é o que vem no futuro”.

Numa entrevista concedida a Dénia.com após a inauguração, Miguel Mairena contou como se apaixonou pela cidade de Dénia quando chegou a esta terra há quarenta anos: "Encontrei o meu lugar no mundo, sei onde estou de." No entanto, há dois anos percebeu que não tinha “a menor ideia sobre a história de Dénia”.

Nessa época, começou a ler sobre o assunto a partir de obras de 32 autores, o que demorou um ano. Então lhe ocorreu a ideia de fazer esta exposição sobre momentos da história e escolheu um período que vai desde a criação do seu “amado” Montgó até a Guerra Civil em 1936.

Desde o início partiu da premissa de criar pequenas pinturas devido à quantidade de obras que pretendia criar, mas “dava para brincar”, explicou, com as técnicas. Nesse sentido, a artista utiliza métodos como o lápis, as cores, a intervenção acrílica ou nanquim e até o computador. Esse processo levou mais um ano.

“A minha intenção é contribuir um pouco para que o povo de Dénia conheça o seu passado, porque pouco sabe”, disse Mairena. A escolha dos acontecimentos históricos a mostrar ao público foi feita com base em elementos que “podem ser vistos” em Dénia, como placas, embarcações ou ruas.

Além disso, a intenção do artista é “que os visitantes se façam perguntas”. Portanto, junto com cada ilustração e seu texto, surge uma questão “universal” para refletir sobre a história. «A história ajuda a conhecer o passado, a compreender o presente. E deve servir para criar um futuro melhor e manter a nossa identidade.

História do próprio artista

Mairena é um artista peculiar, um artesão - como ele mesmo se descreve - que começou a estudar pintura aos dez anos numa academia de Valência, depois com um pintor italiano e aos 16 anos foi para Paris e, enquanto trabalhava como pintor garçom, aprendi sobre arte. No entanto, renunciou à carreira artística: “Quando voltei para Espanha, queimei todos os meus quadros e decidi que era melhor ser um engenheiro normal do que um pintor normal”.

“Não me dediquei à pintura porque para isso é preciso nascer em uma família menos protetora e mais aberta”, comentou. No entanto, nunca parou de pintar e foi após a reforma que desenvolveu o seu lado artístico.

A exposição que não vai morrer

“A exposição não morre dia 24”, disse Mairena. O pintor declarou que está a trabalhar num projecto para que nos institutos, uma vez ministradas as aulas programadas, a história de Dénia possa ser estudada a partir da compilação das suas obras.

Além disso, o legado será distribuído em mais mãos. Nesta fase da sua vida, considera-se um daqueles pintores que “não vende quadros, antes dá-os”. Para o efeito, convidou familiares de figuras conhecidas da história de Dénia que aparecem de surpresa nesta exposição, já que, no dia 24, entregou-lhes as pinturas correspondentes.

Neles podemos encontrar figuras como Francisco Torrent, cientista e pesquisador, indicado ao Prêmio Nobel em 1978; Antonio Cortis, tenor que triunfou nos teatros da América e da Europa, ou Raquel Payà, professora e professora, além de investigadora em pedagogia experimental.

A exposição pode ser visitada entre 1 e 24 de fevereiro, de segunda a sexta-feira, das 11h00 às 14h00 e das 17h00 às 21h00, e aos sábados, das 10h00 às 13h30, às XNUMXhXNUMX. a Casa da Cultura de Dénia. Quem quiser visitar a exposição às sextas-feiras à tarde ou aos sábados de manhã pode usufruir de visitas guiadas pelo próprio autor.

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