O Ministério da Igualdade e Políticas Inclusivas deve à Aprosdeco um total de 8 faturas pela gestão do Centro Ocupacional e Centro de Dia "La Xara" que ascendem a mais de 650.000 euros. Diariamente, frequentam esses centros 91 pessoas com diversidade funcional intelectual e trabalham 35 profissionais. O atendimento se estende a 91 famílias em toda a região, de um total de 12 municípios envolvidos.
Neste mês de junho os trabalhadores deixarão de recolher a folha de pagamento e esta situação se repetirá até que o Ministério não faça face às suas dívidas e normalize o pagamento de um serviço vital para a região já que não existe outro recurso com estas características.
Os centros forneceram atendimento ininterrupto ao longo deste período de pandemia, apoiando famílias em momentos críticos. Nestes tempos de grande vulnerabilidade, determinantes têm se mostrado para a vida de cada uma das pessoas que vêm ao centro e de suas famílias. O impacto da pandemia sobre todos eles foi devastador e o atendimento profissionalizado minimizou esse impacto e aliviou as situações familiares.
“A Conselleria, através da sua Direcção de Infraestruturas Sociais não ofereceu informação clara e concreta sobre quando ou quanto vai pagar, apenas antecipando que alguns processos estão em curso”, asseguram da Aprosdeco. “O governo defende que essa situação se deve ao fato de que atualmente o contrato com a Associação já expirou e estamos em uma situação de compensação injusta até que seja resolvido o novo processo licitatório em curso, o que implica processos mais extensos na gestão de faturas. Esta justificativa é totalmente incerta, pois nos últimos 5 anos e meio a Associação só teve contratos em dois períodos de um ano e atrasos tão importantes nunca se acumularam. Portanto, este argumento é infundado. "
A Aprosdeco é uma entidade formada por famílias fundada em 1974 e que ao longo da sua história lançou diversos recursos para responder às necessidades detectadas nas pessoas com deficiência intelectual e nas suas famílias. Nestes 46 anos à Gestão de Centro Ocupacional e Centro de Dia foram agregados outros serviços:
Casa Abrigada I onde moram 7 mulheres, Casa Abrigada II onde moram 6 homens, Clube de Lazer e Centro Especial de Emprego: Lavanderia Industrial.
Em todos esses anos tornou-se uma referência na região, consolidada e comprometida com as pessoas mais vulneráveis.
Essa situação põe em risco projetos como a reforma e implantação de uma nova Habitação Abrigada, muito necessária e demandada pela falta de residências na região.
