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Recuperação "muito positiva" do emprego na Marina Alta durante o último mês

Agosto 20 da 2020 - 11: 53

Cresce número de inscritos na Previdência Social Marina Alta no mês de julho, o maior aumento nesse mês em relação a junho da última década, atingindo 31 filiados em 56.441 de julho, o que significa que o sistema registrou 3.180 trabalhadores cadastrados a mais que no mês passado (aumento de 5,97%). Os registos do mercado de trabalho no mês de julho refletem um comportamento muito positivo, o que constitui um efeito “rebote” após três meses atípicos negativos para o mercado de trabalho, com fortes quedas nas matrículas em março e abril e quase nenhum crescimento em maio e Junho.

Apesar de apenas nos meses de julho de 2019 e 2018 o número líquido de afiliados ter sido superior (59.419 e 58.516 afiliados, o que se traduz numa variação interanual de -5,01% e -5,35% respetivamente), o comportamento face ao o mês anterior reflete esse saldo mais favorável no mercado de trabalho. A Segurança Social com maior ganho de filiados no último mês é o Regime Especial dos Marítimos (+ 13,92%) seguido do Regime Geral (+ 8,38%). Ressalte-se que o Regime Geral e o Regime Especial dos Trabalhadores por Conta Própria cresceram em relação a junho mais do que o observado nos últimos 10 anos (aumento dos trabalhadores por conta própria de 1,07% em relação a junho). Ressalta-se também que a variação dos filiados com relação ao início da crise de saúde (março) é muito semelhante em relação à mesma variação percentual do ano passado (cerca de 1 ponto percentual a favor da dualidade julho-março de 2019).

O número de desocupados cadastrados nos escritórios da LABORA na Marina Alta caiu em 1.497 desocupados em julho (-11,10%), a maior queda neste mês em relação aos últimos 10 anos, assim como o total de desocupados cadastrados na região é de 11.994. Este comportamento mensal positivo é visto pela primeira vez desde o início da crise do COVID-19, embora, por enquanto, tenha causado forte crescimento homólogo do desemprego (+ 33,10% em relação a julho de 2019 e um aumento de 9,2% em relação à situação precovid-19 de fevereiro).

Apenas 5 municípios da região mostram aumento no número de desocupados em relação a junho. Na Marina Alta a taxa de desemprego estimada é de 17,53%, reduzindo em mais de 2 pontos e meio em relação ao mês anterior, além disso, em julho reflete a taxa de desemprego estimada mais baixa em comparação com a província e a Comunidade Valenciana ( 21,45% e 19,05% respectivamente).
Os classificados sem atividade econômica e hotelaria são os setores menos afetados pela destruição de postos de trabalho, com queda de 29,2% e 20,4% na taxa de desemprego, respectivamente, em relação a junho, reflexo da recuperação econômica após as perdas de emprego no período de hibernação e a situação da alta temporada do turismo.
Não se deve esquecer que o impacto do coronavírus foi amortecido pelas ERTEs e pelo auxílio extraordinário aos autônomos em decorrência da cessação da atividade. Ambas as medidas intervieram no mercado de trabalho e sustentaram empregos massivos. De fato, o número de ERTE solucionadas pela LABORA na Marina Alta chegou a 3.485 em julho, o que afetou 14.367 trabalhadores.

As contratações na Marina Alta aumentaram quase 117% em relação a junho, mais 3.127 contratações, com um total de 5.800. Em termos homólogos, a redução foi de 19,08% (face a julho de 2019). Em relação ao mês anterior, o aumento das contratações ocorreu nas permanentes (+ 37%) e com maior intensidade nas temporárias (+ 128,32%). Em termos homólogos, as contratações permanentes caíram 21,14% e os contratos temporários diminuíram 18,9% em relação a julho de 2019, o que ainda reflete o forte impacto nas contratações da paralisação econômica em decorrência da crise de COVID-19.

Nos primeiros estágios da brutal crise do mercado de trabalho, um dos sinais mais claros da paralisação da atividade foi a forte queda na assinatura de contratos, variável que sempre funciona como termômetro da dinâmica do trabalho. No mês de março, por exemplo, as contratações caíram 15,31%. No mês de abril, a queda nas contratações ficou em torno de 55%. Nos meses seguintes, percebe-se uma lenta recuperação desta variável, uma vez que as contratações foram reativadas uma vez que as fases de desaceleração avançaram e a maioria das empresas retomou a atividade.

Apesar dessa recuperação percebida a partir de maio, o mesmo mês caiu 64,7% em relação ao mesmo mês de 2019. Em junho, as contratações caíram praticamente 52% em relação a 2019 e "apenas" 19% em relação a julho 2019. Mesmo assim, o cenário mostra que no acumulado dos primeiros sete meses de 2020, foram assinados 19.662 contratos na Marina Alta, o que significa 11.922 contratos a menos do que os assinados no mesmo período de 2019, queda de 37,75 , 2020%. Em suma, embora os números de contratações estejam convergindo mês a mês para os de um ano “normal”, é um processo lento e é muito provável que taxas anuais próximas de zero não sejam vistas durante XNUMX.

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