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"Está chegando um pós-guerra econômico, em um território onde o principal motor é a restauração e o turismo"

Maio 25 da 2020 - 12: 56

Em Marina Alta Vivemos da reciprocidade que se dá entre a nossa população e quem nos visita, da gastronomia, da qualidade de vida e da essência mediterrânica. Assim, temos de assegurar que voltamos a oferecer aquele turismo de qualidade, com carácter diferenciador, que nos tem ajudado a construir boa parte do importante tecido empresarial que temos atualmente.

Do Punt Nàutic de Creama, um projeto enquadrado no Acordo Territorial de Ocupação e Desenvolvimento Territorial e subsidiado pelo GVA através do Labora, nasceu como resultado da demanda dos diferentes agentes territoriais para implementar treinamento especializado na área. território, adaptado às necessidades do setor náutico, está sendo realizado um estudo para descobrir em que medida a atual crise de saúde e a conseqüente paralisia econômica afeta o setor marítimo de nossa região.

Ao longo deste estudo, iniciado com a declaração do estado de alarme e que continuará sendo atualizado, monitorando as mudanças produzidas nas próximas fases e a tão esperada chegada da "nova normalidade", ela é analisada de um ponto de vista qualitativo como Esse estado de excepcionalidade está afetando o tecido comercial do setor marítimo. Assim, uma série de entrevistas por telefone foi realizada com diferentes entidades da região, correspondendo aos aspectos de manutenção e reparo de embarcações, esportes náuticos, náuticos de recreio e pesca, dos quais é possível extrair uma série de conclusões explicativas. Os dados extraídos dessa primeira onda de entrevistas correspondem ao período de 14 de abril a 18 de maio.

As datas estão desempenhando um papel muito importante no início das diferentes atividades, de acordo com o tipo de entidade, desenvolvimento de tarefas diárias, retorno à produção, canais de marketing ou vendas realizadas. Mas tem havido um denominador comum em todas as entrevistas realizadas até o momento e que se destacou acima das demais, o grande impacto econômico que o COVID-19 teve no setor náutico.

Além disso, existe uma visão geral no setor em relação à gestão que foi realizada pelas autoridades competentes, tendo fornecido comunicação deficiente e, em muitos casos, ambígua que incentiva a livre interpretação. Da mesma forma, considera-se que os procedimentos administrativos que tiveram que ser executados como resultado da situação (ERTE e ajuda) deveriam ter sido simplificados, além de dar um papel mais relevante aos municípios na tomada de decisões.

Durante o período de alarme, os agentes do setor náutico vêm adotando diversas iniciativas, como a aplicação das medidas sanitárias recomendadas e outras que foram tomadas por iniciativa própria, a implantação de teletrabalho no pessoal administrativo e de atendimento ao cliente. ou a flexibilidade do horário de trabalho para facilitar o acesso à cidadania.

A pesca é considerada um dos setores essenciais e, como tal, foi permitido continuar com a atividade convencional durante todo esse período, respeitando sempre as medidas de segurança estabelecidas pelas autoridades competentes e que levaram os menores navios a apresentar ERTE devido à impossibilidade de respeitar essas medidas de segurança, como distância social. Porém, das guildas de pescadores foram adotadas diferentes posições em relação a isso.

Em Calp, a Irmandade interpretou que era possível continuar com a atividade convencional, por isso eles foram os principais responsáveis ​​por cobrir a demanda de peixe em nosso território, que era cerca de 40% do produto usual, enquanto praticamente nada foi capturado. frutos do mar. "Atualmente, somos privilegiados, pois conseguimos continuar nossa atividade e, embora o gênero mais caro (frutos do mar) não tenha sido capturado, o suprimento de outros portos foi completamente paralisado, de modo que uma coisa compensou a outra."

Em Denia, a Irmandade decidiu não sair para o mar até 11 de maio devido à falta de equipamento de segurança higiênico e também à falta de uma ordem ou recomendação específica por órgãos oficiais. "Estávamos cientes de que a campanha de Páscoa estava chegando e sabíamos que a indústria hoteleira havia estocado bens, por isso priorizamos a segurança de nossos navegadores".

En Jávea foi escolhida para iniciar sua atividade na terceira semana de confinamento, deixando apenas os barcos necessários (cerca de 20%) para atender à demanda da própria loja que a irmandade possui. "O fechamento da indústria da hospitalidade está prejudicando bastante o setor pesqueiro, o consumo de peixe é de grande importância no Mediterrâneo".

Em junho, começa o fechamento e a frota de suas atividades, mas em julho as irmandades retornam ao trabalho 100% novamente, porque não haverá ERTE ou auxílio. A partir deste momento, é quando nossos pescadores prevêem que enfrentarão um paradigma em que as significativas perdas econômicas sofridas até o momento contribuirão para uma retomada da atividade pesqueira marcada pela baixa demanda do setor de restauração, que, certamente, o afluxo de turistas será consideravelmente reduzido.

Por outro lado, o restante dos setores marítimos, como passeios de barco de recreio, foram considerados serviços não essenciais, com os quais iate clubes, marinas privadas e docas secas tiveram que se aproximar do público durante as primeiras semanas da Fase 0, podendo realizar somente navegação e manutenção urgentes dos barcos, para garantir a segurança dos próprios barcos. Foi somente em 17 de abril que profissionais do setor tiveram acesso a essas instalações, marcando o início desse tipo de produção.

O cancelamento e a redução de navios contratados para os meses de abril e maio, o atraso na entrada de navios de longo curso para o mês de junho ou a incerteza quanto ao tráfego internacional no verão marcaram que tanto o porto de Varadero Dénia quanto O Marine Spirit Varadero (Calpe) está atualmente focado em embarcações comerciais. Embora seja verdade, que a segunda entidade nos confirmou que foi um golpe econômico muito forte para eles e, diante das perdas econômicas esperadas para este ano, eles tomaram a decisão de converter permanentemente em tráfego local.

Quanto aos clubes náuticos, eles foram afetados pelas restrições ao tráfego de barcos e pela proibição de atividades esportivas. "Muitas das atividades esportivas que ocorrem ao longo do ano foram canceladas e, embora a prática de esportes tenha sido permitida por alguns dias, as medidas de segurança sanitária não permitem o desenvolvimento normal de atividades náuticas".

Em 11 de maio, com a entrada da Fase 1, os fãs puderam velejar em um ambiente onde as limitações e restrições estabelecidas pelas autoridades de saúde assumem grande importância. Tanto que o setor náutico possui protocolo próprio de proteção e prevenção contra o COVID-19, como resultado da comunicação e interação positiva que está sendo mantida entre as entidades do setor e as autoridades competentes.

As diferentes entidades entrevistadas são claras que a recuperação durará pelo resto do ano, começando a levantar a cabeça em março de 2021. E se como declarado por um dos agentes entrevistados: "Está chegando um pós-guerra econômico, em um território onde o principal motor é a restauração e o turismo"Este verão será um ponto de virada na sobrevivência de muitas empresas que compõem o tecido de negócios náuticos.

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