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A convivência insuportável em Dénia com as gaivotas: da agressividade diurna ao alvoroço noturno

Junho 26 de 2022 - 01: 50

O que há de errado com as gaivotas este ano? É a pergunta que muitos cidadãos de Dénia vêm fazendo há semanas. A convivência com essas aves está se tornando muito complicada ultimamente. E já não dizemos isso apenas pelos ataques ocorridos durante o dia, mas porque ao amanhecer tornam a vida impossível para os vizinhos com quem dividem os bairros.

As gaivotas tornaram-se um problema. De fato, tanto que foi um dos temas de discussão durante o debate sobre o estado do município na prefeitura de Dénia. Não é para menos, já que vários casos vieram à tona em que pessoas foram atacadas por essas aves na cidade.

Mas qual o motivo dessa agressividade "súbita"? Buscam defender seu território e, sobretudo, seus filhotes. Desde abril é sua época de nidificação e reprodução. O problema é que parece que este ano eles expandiram consideravelmente seu território e se apropriaram de dezenas de telhados para colocar seus ninhos em Dénia, em bairros tão díspares quanto Faroleta-Diana ou Oeste.

Gaivotas conquistam além das paredes

A principal ação do Conselho Municipal de Dénia para controlar a proliferação desses animais é realizada em el castillo. Dentro de sua muralha encontraram um lar e proteção para seus ninhos, conquistando a área para cuidar de seus filhotes. Mas, para evitar que a população de gaivotas continue a aumentar no concelho, a autarquia ordenou que os ovos fossem perfurados no local e assim impedir a procriação.

Agora, o problema é que eles abandonaram o castelo. Hoje as gaivotas circulam livremente por todo o concelho. De facto, nas ruas pedonais comportam-se como pombos: descaradamente, atentos às esplanadas para o caso de lhes cair comida. Eles até se encontram em playgrounds, mesmo que estejam cheios.

Noites sem dormir com ninhos acima de suas cabeças

E quando a noite cai, vem o pior. Aproximadamente a partir das 5 da manhã, as gaivotas começam a dizer bom dia com seus grasnados estridentes, que têm muito a invejar o canto agradável de outras aves. Basta andar por qualquer rua para ouvir nos céus, nos telhados dos prédios para ser mais exato, o crocitar constante que mantém os moradores de muitos quarteirões acordados há semanas.

Nos ninhos que foram colocados em toda Dénia, nenhuma medida está sendo tomada. Eles são mais difíceis de localizar e controlar, por isso encontraram um bom lugar para aumentar sua população. Claro, às custas do resto daqueles com quem dividem um prédio.

Felizmente, a época de nidificação está chegando ao fim, geralmente termina por volta de julho, então muitos dos problemas que estão causando serão diluídos. Até o próximo ano.

16 Comentários
  1. Álvaro diz:

    Sempre o mesmo, o ego do "ser" humano. Alguns não sabem conviver com a natureza e outras espécies. Não reclamam dos bêbados que estão na rua no mar ou no Condado nos finais de semana. Agora nas festas todas as pessoas bêbadas nas ruas com a música, todas cheias de copos, garrafas, bitucas, lixo, e um longo etc. de lixo. Mas sempre a culpa é dos animais, que são os que mais sujam.

    Por outro lado, este artigo apenas promoverá o ódio às gaivotas, elas são gaivotas, não ninfas. Em fim…

  2. I XELO diz:

    Estamos numa zona costeira e é normal haver gaivotas.
    Perfurar ovos de pássaros?
    Estamos loucos?
    Vamos respeitar a natureza.

  3. Fer diz:

    Claro, a solução é sempre matar os animais, as árvores, então só resta o cimento, que gênio.
    A única praga é o ser humano, que destrói a natureza e acredita ser o dono e controlador.

  4. Que o Senhor te abençoe diz:

    Jo, quanto especialista ambiental há por aqui. E se uma árvore derrubada, ozônio, peidos de burro...

    Pena que essas pessoas não entram na política e consertam o mundo em dois minutos. Eles não precisaram de engenharia para saber tudo, com um par de brochuras hippies eles poderiam consertar até Múrcia...

  5. Pepet Del Garrotet diz:

    Eu estava esperando que alguém me dissesse a solução, colocasse fraldas neles, trouxesse armadilhas para os arqueiros, os castrasse como gatos.

  6. Maria Alcira Manrique Dias diz:

    Não sei por que não aprendemos com o que aconteceu com a pandemia chamamos os animais símbolo do Mediterrâneo uma praga assim como as palmeiras não entendemos que devido às mudanças climáticas já não encontram comida suficiente o mar e como se fossem (ratos) procuram comida nos recipientes nós humanos se podemos fazer barulho interrompendo o sono ou descanso nas madrugadas de idosos e crianças porque não vivemos de acordo com as circunstâncias sendo tolerantes

    • Vá com as luzes diz:

      O que?

      Então temos que deixá-los nos atacar, dar-lhes um subsídio, deixar Denia?

      • Koldo diz:

        Na ausência de predadores pouco a pouco eles vão tomando conta... também o fato de encontrarem comida fácil na Cidade para manter o equilíbrio entre população e superpopulação. Seja Pombos, Gaivotas e até outros animais não é antiético como é proposto aqui... não acho que as Gaivotas deixariam o ser humano invadir seu habitat se estivesse em seu poder... eles têm milhares de milhas marítimas e falésias se estão na Cidade é porque encontram Comida e pouca hostilidade... se consolidarem no final serão uma praga não por desconforto se não por defecação e convulsões

  7. Reyes diz:

    A verdade é que de uns anos para cá, entre as gaivotas e os pombos é um horror. Eles incomodam muito. Tem gente que joga comida no gramado do parque do Centro de Saúde e toda a área está super suja de cocô de pombo e da falta de civilidade que há com as pessoas que não recolhem o cocô de seus bichinhos. Resumindo. Esta área está super suja e deve ser remediada.

  8. Dolores Rojo diz:

    Quebra minha alma que eles picam seus ovos…….não há outra maneira de controlá-los?????

    • Marcha de roy diz:

      Falado por alguém que não tem que viver/ouvir o barulho constante desses imundos “ratos” voadores – se você pudesse ver a bagunça que eles deixam nos telhados ao redor de onde eles nidificam (tenho certeza que cocô de pássaro não é bom para o seu saúde) você pode ter uma mudança de atitude

      • Fu%$ ecostupídeos diz:

        Uma coisa que ninguém deve fazer na vida é perder tempo com um ignorante, principalmente se vier com o espírito 'eco'.

        Eles são inúteis. Temos que deixá-los latir e fazer seus barulhos como as gaivotas. «Oh, pobre rato, pobre Covid, pobre terrorista…»

  9. Udo diz:

    Nada de pânico! Devido a 2 anos de descanso no castelo, as gaivotas se multiplicaram. Agora era mau tempo de primavera, obras de construção e novamente mais turistas no castelo e as gaivotas encontraram um novo lar. Mas eles ainda são nossos companheiros de quarto.

    • Saskia diz:

      Aqui, em uma cidade litorânea holandesa, neste caso, as gaivotas são uma praga há alguns anos. Eles vieram para fazer seus ninhos nos telhados das casas, em vez de na praia ou dunas, principalmente por encontrarem comida fácil no lixo. Se você passar debaixo de um ninho na rua, eles te atacam, pegam comida da sua mão, ou do seu prato, eles atacam seu cachorro ou bebê. Como eles são protegidos aqui, às vezes as pessoas colocam pregos no teto para não fazer ninho lá, trocam os ovos por ovos artificiais (porque dizem que botam novos se o ninho estiver vazio), ou montam uma espécie de pipa na forma de um fio em uma corda de pássaro preto, o que os impede de nidificar porque as gaivotas pensam que é o território de outro pássaro. São animais que dão vida ao litoral e à praia, mas perto de casa são um horror.

  10. Miguel Ahuir diz:

    Infelizmente, a derrubada de pinheiros e os trabalhos realizados no castelo e arredores alteraram a sua área de nidificação.


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