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A Marina Alta viveu maio com a maior queda de desocupados da década

Junho 15 de 2021 - 09: 25

Desemprego continua a cair no Marina Alta, sendo 780 o número de pessoas que encontraram emprego entre março e abril. Atualmente, o número total de desempregados na região é de 13.352. Uma queda considerável em relação ao mês anterior (-5,52%), embora ainda haja mais 2.364 desempregados do que antes da crise (+21,51% em relação a fevereiro de 20).

O número de filiados à Previdência Social, em maio, aumentou em 1.633 filiados, chegando a 54.948 filiados, o que se traduz em um aumento de 3,06%.

O mês de maio apresenta um comportamento positivo no emprego. Se compararmos com o mesmo mês dos anos anteriores, pode-se confirmar o melhor histórico de emprego, típico da bonança do trabalho autônomo neste mês. Maio é um dos melhores meses em termos de adesão e desemprego. O número de membros aumentou muito mais do que em 2020.

No que se refere à variação interanual de filiados, destaca-se o aumento da filiação em maio de 2021 em relação a maio do ano passado, o que se traduz em um crescimento da filiação de 4,67%. Em maio de 2020, o decréscimo de afiliação com relação a maio de 19 foi de -5,6%, o mesmo aconteceu com os meses sucessivos comparando-os com o equivalente do ano anterior, até que o ano em que se inscreve o curso da pandemia se possa falar em termos positivos da variação no quadro de associados e é neste mês de maio de 2021 que ocorre o melhor desempenho no quadro de associados.

Setorialmente, a criação de empregos foi praticamente generalizada no mês de maio, não ocorrendo quedas na filiação em nenhum setor neste mês com exceção da Agropecuária, que em termos relativos cai 3,64% em relação ao mês anterior, atingindo as 423 afiliadas. Os maiores acréscimos na afiliação em termos absolutos ocorreram no Regime Geral, onde contribui a maioria dos ocupados, recuperou 1.419 filiados e somou um total de 35.153 contribuintes em maio, mais 4,21% que em abril de 2021.

Em relação ao número de desempregados, o mês de maio tem sido um bom mês para o desemprego registado na Marina Alta. A taxa de desemprego caiu 780 pessoas em relação a abril (-5,52%), atingindo um total de 13.352. Foi a queda mais importante no número de desempregados em maio dos últimos 10 anos. Portanto, estamos diante de um comportamento com sinalização adequada, mas em termos de fotos estáticas, deve-se levar em conta que este número de 13.352 desempregados deve ser absorvido, pois antes da crise éramos cerca de 10.990 desempregados (fevereiro '20) e com valores durante este mês muito semelhantes aos apurados em maio do ano passado (13.343 desempregados em maio de 2020). Apesar de se verificar uma queda considerável do número de desempregados face a abril, o seu valor continua a par do que era há um ano, o desemprego registado cresceu 9 pessoas no último ano, este crescimento anual representa um aumento em termos de 0,1% ano-a-ano (em relação a maio de '20).

A queda no número de pessoas que procuraram emprego no mês passado foi mais pronunciada no caso das mulheres. Apesar de em ambos os grupos populacionais se verificarem diminuições do desemprego, é nas mulheres que este diminui mais, uma diminuição de 5,97% face a uma queda de 4,93% nos homens. O mesmo não acontece em relação à variação percentual no último ano. Verificou-se um aumento do desemprego no caso das mulheres (+ 1,34%), enquanto no caso dos homens registou-se um decréscimo do desemprego de 1,51% no último ano. Pode-se detalhar que no final do mês de maio há um recorde de desempregados de 56,13% nas mulheres (7.971) contra 43,87% nos homens (6.161), essa disparidade de gênero se prolonga em termos de emprego.

Se analisarmos o desemprego por setores produtivos, o setor mais afetado em relação ao mês anterior é a Agropecuária (+ 4,33%), embora o setor de Serviços tenha o maior índice de desemprego (10.213 pessoas à procura de emprego), é o setor onde o desemprego cai. a maior parte em relação a abril passado (-6,65%).

No entanto, se olharmos para as taxas anuais e compararmos os números para este mês de maio de 2021 com maio de 2020, os dados variam. Mais uma vez, o setor da Agricultura é o mais afetado, com aumento do número de desocupados em 15,22% (+35 pessoas), Construção e Serviços diminuem o número de desocupados em 3,70% (-58 pessoas) e 0,89% (-92 pessoas) respectivamente, e a Indústria é praticamente a mesma, um aumento de 0,34% (+2 pessoas).

Ao calcular a taxa de desemprego na Marina Alta, verifica-se que esta diminuiu quase um ponto e meio em relação a abril, atingindo uma taxa de desemprego estimada de 19,55%.

Novamente, como em análises anteriores do mercado de trabalho, é necessário conhecer a evolução do número total de ERTEs e assim reconhecer a chamada “filiação efetiva” - nem todas as pessoas inscritas como filiadas à previdência estão efetivamente trabalhando- e para isso deve conhecer a população em ERTE.

No mês de maio, não foi acrescentado nenhum dossier de regulação do trabalho temporário na Marina Alta, o que significa que se mantém nos 3.776 ERTE solicitados desde o início da pandemia, que afetou cerca de 15.615 filiados. É importante destacar que face à crise económica derivada de covid-19, 20 empresas solicitaram ERE, com o consequente encerramento da actividade, o que fez com que mais de 100 pessoas (103) cessassem definitivamente o seu vínculo laboral com o negócio.

No que diz respeito aos contratos, permitem-nos abordar de forma acurada a dinâmica do mercado de trabalho em termos de criação ou não de oportunidades, especialmente para pessoas desempregadas. Em maio, foram assinados 488 contratos permanentes e 3.359 contratos temporários. Em termos homólogos são aumentos muito importantes, pelo que se compararmos com maio de 2020, o número de contratos permanentes e temporários praticamente dobra (aumentos de 105,04% e 148,08% respetivamente), mas ainda está longe dos meses de maio antes da crise (526 permanentes e 3.985 temporários em maio de 19).

Em relação ao mês anterior, o aumento das contratações foi de 36,76% ou o que continua igual, 1.034 contratos a mais do que em abril de 2021. Destaque para a queda de 8,27% nas contratações definitivas no último mês em favor da contratação temporária , que cresceu 47,26% em relação a abril. Embora as diferenças na variação dos contratos por sexo sejam mínimas em relação a abril, o número de contratos assinados durante o mês de maio foi favorável aos homens em 51,29% e 48,71% às mulheres.

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