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O enorme potencial econômico do teletrabalho: Dénia como base para os trabalhadores globais

Junho 21 de 2020 - 01: 00

Eles podem trabalhar em qualquer lugar do mundo, mas optam por morar aqui. Seus clientes estão espalhados por diferentes países e trabalham "remotamente" usando a tecnologia. Esse perfil de teletrabalhador sente uma grande atração por se instalar em locais onde há qualidade de vida. A isto devemos acrescentar que a experiência do confinamento nos mostrou como uma sociedade que o teletrabalho veio para ficar.

"Com esta pandemia, o futuro foi antecipado"Diz Nacho Muñoz, empresário que desenvolve projetos de comércio eletrônico. Conversamos com ele sobre as possibilidades que Dénia tem para diversificar sua economia. Temos um excelente setor de hospitalidade e turismo, a base de nossa atividade, mas que sofre muito com essa crise de coronavírus. Como podemos nos tornar resistentes a qualquer circunstância? No Dénia.com, promovemos um fórum de discussão sobre nosso modelo econômico: para onde ir ser fortalecido para o futuro. Estas são algumas das idéias de Nacho Muñoz.

"Meus clientes estão em qualquer lugar e eu trabalho de Dénia"

Ele é um bom exemplo de um teletrabalhador estabelecido em Dénia, e testemunhou muitos casos desse tipo a partir de sua posição em um conhecido coworking. O coworking, literalmente, "co-trabalho", implica que vários profissionais independentes ou pequenas empresas compartilhem espaço de trabalho no mesmo escritório. É uma tendência mundial, que ocorre mais cedo nas grandes cidades: "Aqui em Dénia custa mais, somos mais tradicionais, as pessoas pensam que, para ter uma empresa, você deve dar a imagem de estar em seu próprio escritório, como se dividir uma mesa fosse decadente"Muñoz confessa. Mas a verdade é que, além de reduzir custos, ele fornece enriquecimento mútuo entre diferentes empreendedores. Como Muñoz explica, "Surgem sinergias entre nós, na tabela a seguir pode haver uma pessoa que pode resolver um problema para você e, posteriormente, você pode fazer isso por eles".

O perfil

Nacho Muñoz chegou a Dénia em 2013. Ele tem uma empresa de desenvolvimento de projetos de comércio eletrônico, Magestio Development, e é um dos fundadores da coworking Knowhere. Asturiano, de Oviedo, formado em Administração e Gerenciamento de Empresas, veio ao mundo da programação quando o Grupo Recoletos o contratou para treiná-lo em campo. Ele trabalhou primeiro em Madri, depois em Valência, até desembarcar em Dénia e ficar. "Meus clientes estão em qualquer lugar, então ... Que melhor do que morar em Dénia?"

A chave: atrair "nômades digitais"

Esse termo define exatamente as pessoas que podem trabalhar remotamente de onde quiserem, aquelas que se deslocam pelo mundo sempre trabalhando a reboque. A ideia é aproveitar a atratividade do Marina Alta para seduzi-los, para aumentar o tempo de permanência, a frequência com que vêm ou fazê-lo na baixa temporada. Mesmo para eles decidirem se instalar aqui. As empresas estão cada vez mais inclinadas a permitir o teletrabalho, portanto o cenário é favorável. De fato, muitos já alugam ou vendem sua sede no centro das grandes cidades. "É a nossa oportunidade de posicionar a região como um polo de atração", diz Muñoz.

"Você pode trabalhar para qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo e morar aqui, onde eles moram muito bem."

O "turismo da empresa"

Nacho Muñoz também olha para o empresas que incentivam seus trabalhadores em épocas fora da rotina "formação de equipe" ou fazer coliving (coexistência). Essas ações servem para ajudar os trabalhadores a construir redes de cooperação entre si, a recompensá-los retirando-os de suas vidas diárias ou mesmo a se conhecer pessoalmente, se nunca coincidirem fisicamente com seus colegas. "As empresas os recompensam enviando-os para lugares agradáveis. Em vez de enviá-los para uma grande cidade cinzenta, eles os levam a lugares atraentes", explica Muñoz. É aqui que Denia e toda a Marina Alta desempenham um papel importante, posicionando-se como um destino atraente para esse "turismo de negócios".

Setores econômicos beneficiados pelo confinamento

"Neste momento, estamos na urgência da digitalização", explica Muñoz. A quarentena foi útil para quem tinha uma loja online, porque se tornou a salvação deles. E quem não a teve viu a enorme necessidade de implantá-la, e é por isso que a demanda aumentou muito. Até gigantes como a Inditex estão apostando na digitalização, mesmo tendo milhares de lojas físicas.

A recomendação para os clientes é sempre usar o marketing online para atrair pessoas para o seu comércio eletrônico. Mas em lugares com muito turismo como Dénia, você também pode usar outra arma: "Quem visita sua loja física quebra a barreira da confiança, e é muito mais fácil para eles comprarem você online mais tarde", diz Muñoz. Por esse motivo, ele recomenda que seus clientes locais aproveitem o fluxo de turistas para manter sua lealdade, para que depois também comprem deles. online. "Eles conhecem você pessoalmente e confiam em você mais do que na frieza de um e-commerce, eles não sabem quem está por trás disso ".

Mais ideias: energia solar

"Se usássemos a fonte inesgotável de energia que temos em nossas cabeças, tudo mudaria", diz Muñoz. Até um tempo atrás, o uso de energia solar era altamente restrito através do chamado "imposto solar", mas foi revogado em 2018. "Com o número de horas de sol que temos em nossa região, poderíamos abrir uma rota econômica incrível, não apenas para uso doméstico, mas também para comunidades, para grandes entidades e empresas". Isso abre um grande nicho de negócios e também a possibilidade de iniciar um treinamento adaptado para que a força de trabalho também saia do nosso ambiente.

Por outro lado, Nacho Muñoz observa que nosso modelo de gastronomia e turismo é muito bom e "tem que continuar assim", mas ele lembra que é conveniente promover um tipo de turismo com ajuste sazonal que aproveita os recursos do interior da Marina Alta. "Se você for à minha terra, às Astúrias, terá uma idéia clara de qual produto levar. Mas você vem aqui e pensa 'O que estou levando?' existe. Seria uma questão de unir tudo: gastronomia, produto e cultura. Porque também seria muito bom promover o turismo cultural, gerando uma forte oferta "explica Nacho Muñoz.

Pontos de melhoria

"Acho que o treinamento deve se adaptar um pouco mais ao que o mercado exige. Por exemplo, a programação cria muitos empregos, há mais demanda do que oferta, mas ninguém presta atenção nisso", explica Muñoz. Como já falamos, deve haver treinamento específico dedicado à energia solar e também a outro grande potencial em nossa área: náutico. "Estou muito surpreso que não haja treinamento nesses campos", diz Muñoz. Por outro lado, o empresário tem a sensação de que podemos estar investigando alguns erros que já foram cometidos na crise de 2008: "O mesmo está sendo feito novamente, o dinheiro está sendo retirado da construção, venda e aluguel. Se o custo do aluguel continuar a subir, os trabalhadores não poderão se instalar em nossa cidade. Não cometeremos os mesmos erros."

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