O prefeito de Dénia, Vicent Grimalt, e a Conselheira do Território, Maria Josep Ripoll, reuniram-se hoje com uma representação dos moradores afetados para avaliar a informação pública da nova proposta de delimitação do domínio público marítimo-terrestre das Costas para os fuzileiros navais, especificamente para a área entre o rio Molinell e o primeiro quebra-mar (3,5 km).
Os proprietários foram representados por Paco García e Pedro Pastor (Almadrava-Estanyó), Juanra Moratal (Playas Norte), David Fornés (Deveses) e Pere Cardona (Almadrava).
A nova proposta de delimitação afecta, segundo os cálculos dos proprietários, cerca de 110 habitações que ficariam no domínio público, com os consequentes prejuízos para o imóvel.
Do governo municipal, o prefeito e o vereador se manifestaram em concordância com a do bairro sobre o enorme impacto que a nova delimitação teria sobre as casas caso viesse a vigorar. Nesse sentido, Maria Josep Ripoll destacou “a contradição que envolve aprovar a delimitação definitiva do domínio público em uma área que está prestes a ser regenerada; portanto, em breve, a praia naquele ponto terá ganho 60 metros do mar e será protegida pelos novos quebra-mares previstos no projeto e por uma linha de dunas em frente às casas”.
“Para nós, e concordamos com os proprietários, faz mais sentido que a proposta de delimitação seja feita quando a regeneração de Las Deveses estiver concluída”, acrescentou Ripoll.
Os representantes municipais adiantaram aos porta-vozes da associação de moradores que o objetivo da equipe do governo é acordar uma moção com todos os grupos políticos para pedir a Costas "que paralise o processo de delimitação do domínio público marítimo-terrestre em les Deveses até terminar a execução do projeto de regeneração" e encerrar os contatos políticos em nível regional e estadual.
Reforça também a conveniência da paralisação da delimitação, lembrou Ripoll, a alteração da Lei das Costas prevista pelo Governo central.
De fato, em fevereiro de 2022, o Plenário da Câmara Municipal de Dénia já havia apresentado uma moção ao Ministério de Transição Ecológica expressando desacordo com aspectos da Lei atual, como, por exemplo, a falta de compensação financeira para proprietários afetados por a delimitação futura.