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Desemprego aumenta em setembro na Marina Alta, mas menos do que em 2019

27 Outubro 2020 - 12: 20

Os dados do emprego até o último dia de setembro indicam queda no número de filiados no Marina Alta, atingindo a cifra de 53.984 pessoas. Esta diminuição de 1.981 afiliações implica um decréscimo de 3,54% face a agosto. Apesar de esta queda ser inferior à originada no mesmo período do ano passado (-6,04%), no final do terceiro trimestre deste ano, as filiais diminuíram 1.296 pessoas face ao final do terceiro trimestre de 2019.

Este comportamento repete-se ano após ano na Marina Alta, com o fim do período de verão e a elevada dependência do turismo ligado ao setor de serviços, verifica-se uma diminuição das afiliações durante o mês de setembro.

Em termos interanuais, temos uma queda do emprego de 2,34% (-1.296 pessoas) e esta redução tem sido mais intensa no Regime Geral em relação aos restantes setores (-4,72% face a setembro de 2019). Pelo contrário, face ao mesmo mês de 2019, o Regime Especial para Trabalhadores Independentes é o que mais cresceu na afiliação em termos relativos (+ 2,67%). Se tomarmos como referência o segundo trimestre deste ano, a variação percentual mais positiva é a gerada no Regime Geral do Mar (+ 11,15%).

Embora a magnitude da crise possa ser medida com a variação entre ano e ano. Como já foi comentado em relação a setembro do ano passado, a redução de afiliados é de 1.296. No entanto, desde o mês anterior à crise, o emprego na Marina Alta aumentou em 273 filiados nestes 7 meses, um sinal de recuperação do mercado de trabalho. Mas há que ter em conta que estes valores estão sujeitos à ERTE, o que aumenta o número de filiados e cuja qualificação é muito importante (todos os trabalhadores afectados pela ERTE que não estão afastados da Segurança Social).

Em relação ao número de candidatos a emprego, embora por um lado possamos dizer que em termos percentuais tivemos a menor destruição de empregos dos últimos 10 anos no mês de setembro (aumento de 5,41%), atingindo um total de 12.595 Por outro lado, verificamos que o número total de desocupados alcançados em 30 de setembro ultrapassa 2.625 pessoas, aqueles alcançados no mesmo mês de 2019, o que representa um aumento interanual de 26,33%, o maior crescimento percentual interanual na série estudada . Algo lógico que acontece conhecendo os efeitos dramáticos sobre o emprego produzidos pela crise de saúde. Este número de desempregados não era atingido nos últimos 5 anos e nestes 7 meses de crise pandêmica, houve destruição de empregos em pouco mais de 1.600 empregos (desde fevereiro), um número preocupante que voltou a afetar a crise econômica passou dos meses de verão e que começa a se aproximar dos piores dados do que temos até agora, abril, maio e junho.

O desemprego teve maior impacto nas mulheres do que nos homens, 54,8% dos candidatos a emprego são mulheres, apesar de o aumento dos números em relação a agosto ter se mantido igual para ambos os sexos (+5,15 % mulheres e + 5,72% homens).

Quanto aos três setores predominantes de emprego na Marina Alta; Comércio, Hotelaria e Construção, apenas na construção, o desemprego diminuiu em relação a agosto, atingindo quase 1.600 desocupados em setembro, uma queda de 2,14% em relação a agosto, sendo a hotelaria o setor com maior aumento de desocupados, 480 desocupados mais do que em agosto (+ 18,8%), atingindo 3.035 desempregados em setembro.

Os dados de emprego convergem com o número de ERTE, há uma redução do número de ERTE nos últimos meses, isso indica uma leitura positiva do mercado de trabalho, mas devemos ter em mente que o outono é um período do ano onde geralmente há uma desaceleração sazonal no emprego e isso põe em risco o crescimento do número ERTE. Portanto, isso pressupõe que os dois fatores estão unidos; um certo abrandamento do emprego durante os meses de outono, que também está associado a determinados setores que perdem emprego no outono, como os setores ligados ao turismo, pode provocar a ruptura da tendência de redução do número de ERTE.

A contratação gera uma medida do próprio mercado de trabalho, nos diz qual o volume de oportunidades existentes no mercado de trabalho para encontrar um emprego. Em setembro havia um contrato por tempo indeterminado na Marina Alta de 503 contratos e 3.096 contratos temporários. Esses números, quando comparados com o ano passado, representam quedas nos contratos sem termo de 14,75% e 6,12% no caso dos contratos temporários. Essa queda nas contratações mostra sinais negativos de crescimento das contratações, porém, essa tendência é positiva, visto que essas proporções negativas estão diminuindo. Em abril falávamos de uma queda nas contratações de quase 74% em relação a abril de 2019, e de abril a setembro essas reduções ano contra ano estão diminuindo progressivamente.

Por fim, o comportamento trimestral das contratações mostra um valor acumulado de 12.766 assinaturas de contratos neste 3º trimestre do ano, o que representa 7.355 contratos a mais que no segundo trimestre do ano, ou seja, um acréscimo de 135,93 %, porém, mais uma vez, comparar os números com o terceiro trimestre de 2019 representa um decréscimo de 10,65%, ou seja, 1.521 contratos a menos.

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